"Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto de teu ventre..." Lc 1

(Conteúdo apenas informativo. Nunca dispense opiniões médicas!!)

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quarta-feira, 30 de março de 2011

TVP e TEP, SUSTO!!!

Após 10 dias do parto, estava me sentindo bem melhor, exceto uma leve dor na panturrilha, achando eu, que teria sido provocada por alguma cãibra enquanto eu dormia, já que era bem natural ter cãibras na gravides. Meu marido sempre me alertando sobre a forma de sentar, que por muitas vezes era por cima de uma das pernas. OK. O grande problema foi eu não ter dado atenção a isso. Depois de uns 3 dias com a panturrilha doendo, fui me informar sobre alguma coisa parecida após a cesariana. Aí pro meu grande espanto li várias coisas sobre TROMBOSE VENOSA PROFUNDA, A TPV. Mas como nós temos a mania de achar que pedra só é atirada no telhado do vizinho, achava que não, mas mesmo assim, minha sogra me orientou a procurar o hospital, após eu ter informado à minha obstetra, que veio a me pedir um doppler colorido de urgência caso a dor não fosse embora.  No final de semana combinei com meu marido de ir ao hospital logo na segunda cedo de manhã e pra minha surpresa, acordei no domingo sentindo uma dor no peito quando respirava fundo, e mais uma vez achei que fosse algo normal, talvez gases devido a operação...só que a dor começou a incomodar muitooo!!!
Cheguei ao hospital e através de um exame de sangue diagnosticaram a trombose venosa profunda na minha perna. Não puderam realizar um exame de tomografia pela minha alergia a iodo (material necessário para o contraste e localização do trombo no pulmão), mas me disseram que o tratamento para ambos era o mesmo: anticoagulante. Me internaram e disseram que em uns 4 dias eu voltaria pra casa. Ali eu me via já morrendo de saudades do meu filho. Achei o fim acabar de dar a luz e estar longe do meu bebê. E ele, como ia se alimentar? Pois bem, do hospital que eu estava fui mandada para outro e segui de ambulância até lá.
 No momento da internação já não me deixaram colocar o pé no chão, para nada absolutamente nada!!
 Só pensava no Gabriel. Olhava pela janela da ambulância a lanterna do carro do meu marido, que ia nos seguindo, ali passou tanta coisa na minha cabeça, mas eu pedia incessantemente pra voltar logo pra casa!
Direto pro CTI, achei que lá poderia tirar o leitinho do meu bebê. Mas como cheguei e me deixaram só de top (por causa dos seios cheios e estourando de leite) e ainda mandaram meu marido pra casa, não tinha muito a fazer. Só esperar o dia amanhecer e ele trazer uma mamadeira pra guardar o líquido precioso do meu filho. A minha sorte foi ter comprado uma lata de Nan e deixado lá pra qualquer emergência. Minha sogra linda ficou com ele. A primeira noite já me entubaram toda: eletrodos no corpo todo, aparelho de pressão que inflava de 15 em 15 minutos, soro com o anticoagulante de ataque na minha veia do braço (detalhe não podia dobrar o braço, e já estava assim há algumas horas) e uma fralda. Nem no banheiro eu podia ir sozinha. Gritos, gente chorando, chamando enfermeiras, ahhh quantas vozes de súplica, e eu ali quietinha pedindo pelo meu filho. Ali tive medo a primeira vez de não estar mais viva! Mas meus pensamentos no meu bebezinho era o que me confortava, os momentos felizes com ele me consolavam um pouco, e me tirava daquele pesadelo por alguns instantes. Quando conseguia dormir vinham me medicar. Assustada eu conferia remédio por remédio e perguntava pra que era o quê!!! Além de injeções no soro, colhiam meu sangue e me davam injeções na barriga. Alguns médicos plantonistas vieram me ver e dar uma "palavrinha" comigo sobre meu caso. De 3, só 1 me disse a verdade: que corri risco de vida, e que eu tinha que ter procurado um hospital bem antes, mas tive sorte de não ser mais grave, meu organismo tinha evitado algo pior, pensei ali: FOI DEUS!!! No final do segundo dia, após receber a visita do meu marido e dos meu pais, me deram alta por quarto...mas meu martírio não tinha acabado ali não...
Me deixaram apenas com o soro, minha mãe veio dormir comigo, e as medicações passaram pra oral além das injeções na barriga. Foram um total de 28!! Ali entrei no ritual do acerto do medicamento, chamado Marevan. É o anticoagulante, que afina o sangue, dilui o trombo formado e impede outra trombose. Esse medicamento tem que exercer o efeito medido em uma taxa de coagulação, onde entre 2 e 3 é a taxa pro caso da trombose. Mas minha dosagem no sangue não passava de 1.2.
Tomava o medicamento uma vez ao dia, colhia sangue de madrugada e esperava o resultado estar bom pra eu poder ir correndo amamentar meu filhote!!! Ficava na expectativa de sair todos os dias, mas virou tortura psicológica!!!
Meus seios explodindo de leite, guardei duas mamadeiras cheias até a boca, quando perguntei ao médico que cuidava do meu caso, se poderia mandar pra ele, já que as visitas eram proibidas. Ele pediu pra falar com a pediatra do Gabriel e num rápido comunicado ele entendeu que não poderia mais amamentar ele...me deu o maior desespero da minha vida. EU TERIA QUE TOMAR O REMÉDIO POR 6 MESES. E como ficaria a alimentação de proteção do meu filho? Eu como mãe não poderia proteger ele com meu leitinho. Me senti incompleta, e depois que ele saiu da sala, chorei muito, e sem parar. Olhei as mamadeiras e doeu ter que jogar fora pelo ralo, a energia, a força, a saúde do meu bebê. O apoio veio do meu marido naquele momento que entrou no banheiro e me viu despencando em lágrimas, aos soluços, e disse que o lugar onde eu deveria chorar era no colo dele. Aquilo me deu forças sabe, ele também deveria estar muito angustiado, e eu não poderia piorar a situação, precisava me acalmar. Somos um casal, um levanta o outro, e naquele momento tive que tirar forças nem sei de onde pra ficar bem, e vê-lo mais tranquilo. Orava ajoelhada cada vez que ia ao toalhete, pra ele não ver minha angústia de tão perto. Como uma mãe pode não proteger um filho? Eu me questionava e a tristeza tomou conta. Pra não pirar no meu estresse, o Xandy levou uns vídeos do Gabriel e várias fotos. Eu olhava meu bebezinho e os dias foram passando. Só depois de 8 dias o médico me deu alta. Ainda perguntei novamente pela amamentação, ele negou novamente e ainda reforçou que eu tivesse paciência!!!
PACIÊNCIA?? COMO ELE ME PEDIA PACIÊNCIA?? Mas eu não me conformei com isso, precisava de mais informações...era a saúde do meu filho em jogo, não existe melhor alimento que o leite materno!!!

TROMBOSE E TROMBO EMBOLIA PULMONAR


A Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma doença grave, caracterizada pela formação aguda de um trombo (coágulo) no interior das veias profundas da perna.
Os sintomas mais comuns da Trombose Venosa Profunda (TVP) ocorrem geralmente em uma das pernas, mais comumente nas panturrilhas (batatas das pernas), caracterizando-se frequentemente pelo início recente dos seguintes sinais clínicos: dor, edema (inchaço) e rubor (vermelhidão) na área afetada (perna ou coxa). Outros sinais são o calor e o empastamento no membro acometido (rigidez da musculatura da panturrilha). Diante de tais manifestações o indivíduo deve ser encaminhado a um serviço médico de emergência, sobretudo pelo risco do quadro evoluir para uma embolia pulmonar.

A embolia pulmonar é o desprendimento do coágulo da veia comprometida, que sob a forma de êmbolo provocará a obstrução de vasos arteriais dos pulmões. É uma complicação da maior gravidade e a sua suspeita deve ser levada em consideração diante da falta de ar de início súbito, dor torácica, e, nos casos mais graves, arritmia, diminuição da pressão arterial e, com certa frequência, morte súbita. Mesmo na ausência desses sintomas respiratórios não se pode descartar essa complicação.


É importante pensar na possibilidade de TVP em todo indivíduo com queixas num membro inferior e que apresente um ou mais dos "fatores de risco" adiante mencionados.
Sua suspeita deve levar a realização de exames complementares de urgência: Ecodoppler Colorido, Flebografia, Ressonância Nuclear Magnética...para confirmar o diagnóstico de TVP e possibilitar o início do tratamento precocemente e com isso impedir as graves complicações.O tratamento inclui medicação anticoagulante e a utilização de meias elásticas.

FATORES DE RISCO:
·** Uso de anticoncepcionais orais (sobretudo em mulheres fumantes);
· Terapia de reposição hormonal;
· Câncer e quimioterapia;

. Obesidade;
· Gravidez e puerpério (período pós-parto);
· Doenças cardíacas ou respiratórias graves;
· Infecção grave;
· Traumatismos;
· Cirurgias grandes e anestesia de longa duração;
· Período pós-operatório;
· Hospitalização prolongada;
· Viagens de longa duração (Síndrome da Classe Turística)



** ATRIBUÍ ESSE ASTERISCO PARA CHAMAR ATENÇÃO DE MUITAS MULHERES QUE USAM OS ANTICONCEPCIONAIS ORAIS, CERCA DE 60% DA POPULAÇÃO E 99% DAS MENINAS QUE CONHEÇO, E QUE TAMBÉM ACHAM QUE FUMAR DURANTE UMA BALADA NÃO AFETARÁ NUNCA SUA SAÚDE. EU TAMBÉM PENSAVA ASSIM!!

INFORMAÇÕES COMO  CAUSA, TRATAMENTO, PREVENÇÃO E RECOMENDAÇÕES ACESSE:


Fonte:
http://falemosdesaude.blogspot.com/2010/10/trombose-venosa-profunda-pode-ser-fatal.html
http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/4826/trombose-venosa-profunda
http://www.reservaer.com.br/saude/trombose.html


9 comentários:

  1. Muitoooo Interessante esse post, Eline!!!
    Muito bem feito e esclarecedor!! Eu que tinha algumas dúvidas, sanei todas elas...
    O fato de me fazer parar de fumar foi justamente por isso aí, farei uma cirurgia de grande porte (gastroplastia) e não posso nem sonhar em fumar... O médico foi bem claro: se não parar de fumar, não opera!!!
    E fui daí que comecei a minha longa caminhada, que na verdade, não está sendo fácil.
    Fora ser adepta de anticoncepcionais há mais de 6 anos direto, também era fumante complusiva (2 maços popr dia)... E justamente por causa da trombose e embolia pulmonar, antes da cirurgia tomarei 10 injeções de Clexane para previnir algum problema. Oro e peço a Deus, espero que dê tudo certo!!! Grande beijo na familia e no sue filhote!!! Angie Cunha.

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  2. Line, fiquei emocionada lendo esse post. Só agora entendi a real gravidade da situação que passou (e que passamos, somos uma família!). Achei muito legal você contar o que aconteceu aqui, pois serve de alerta para os leigos no assunto (como eu) e mostra que isso é real e pode acontecer com a gente também.
    Parabéns pela iniciativa e pela mulher admirável que é.
    Beijos pra vcs 3!
    Thais

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  3. Oi Eliane. Parabéns por esse blog. Meu nome é Letícia, tenho uma princesa linda de 36 dias hoje. Passei pela mesma situação sua. Quando ela completou 7 dias de vida retornei ao hospital com quadro de TEP, meu sintoma era muita falta de ar. Meu deus que loucura é isso. Gostaria de trocar experiencia com vc. Ainda estou insegura, cheia de duvidas. Meu e-mail é slolopes@gmail.com
    Estou em casa passando bem, controlando com Marevan. Ela mama em mim, está uma fofa. Aguardo seu e-mail
    obrigada Leticia

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  4. Olá bom dia, a paz de Deus!
    Sei bem o que vc passou amiga Eline... a cinco anos atrás também tive TVP pós-parto passei quinze dias longe da minha princesa, presente de Deus, meu milagre, minha filha amada Yasmin, quanta coisa passa pela nossa cabeça, mas a certeza de que Deus cuida de nós é que não nos deixa esmorecer. E agora recentemente depois desses cinco anos, fui novamente acometida desse problema, senti uma dor horrível na perna, e como sempre fiquei alerta depois do episódio corri para o hospital, não deu outra, diagnosticado novamente TVP, só que dessa vez optei por ficar tomando um medicamento em casa Xarelto, nove dias, tomando esse medicamento senti uma forte dor nas costas e no peito do lado esquerdo com leve falta de ar, imediatamente fui para o hospital, porque o medico havia me orientado que se sentisse algo não demorasse e voltasse a urgencia, chegando lá foi feito exames de ECG, Raiox e tudo normal, o medico logo sugeriu que era apenas uma dor muscular, mas a mão de Deus estava sobre minha vida e não permitiu que saísse dali sem antes realizar uma angiotomografia, e não deu outra diagnóstico: Embolia Pulmonar, fiquei internada então doze dias. Saí dia 31 de Agosto da internação e estou em casa em tratamento, acompanhada pelo Vascular e Hematologista, fazendo uma série de consultas, exames, para poder verificar a causa dessa embolia, porque agora já não é mais pós-parto, porque tive do nada . Então Eline fique sempre alerta, tomando os devidos cuidados e sempre fazendo avaliações com Vascular. Detalhe tudo isso aconteceu e eu havia acabado de realizar consulta de rotina com medico vascular, com menos de um mes, aconteceu. Deus nos abençoe e cuide de nós, em nome de Jesus. Bjos Obrigada por compartilhar sua experiência. Felicidades.

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  5. Bom dia estou com uma trombose na perna esquerda tô fazendo tratamento com o marevan mais está afinado muito meu sangue a Dr pediu pra mim pra de tomar ele pra.mim fazer mais um exame no do domingo mais hj está fazendo 4 dias que estou sem tomar o marevan ontem comecei a urinar sangue e não parou até agora que devo fazer tem algum remédio pra isso por favor gostaria de saber

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  6. Se puder me ajudar Dr falou que não vou mais poder usar mais o marevan que vai passar outro medicamento pra.mim tratar a trombose

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  7. E pra mim saber se tenho que fazer alguma dieta o que devo ou nao devo comer e beber

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  8. Porque está sendo muito difícil pra mim passar partido isso vc está bem trabando e de uma ora pra outro vc fica sem chao

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